DERROTAR O PROJETO BURGUÊS BASEADO NA AGROMINERAÇÃO EXPORTADORA PARA EVITAR A CATÁSTROFE AMBIENTAL E SOCIAL
O país acompanha, estarrecido, incêndios de enormes proporções no Pantanal. De acordo com o Inpe, órgão federal que monitora as queimadas desde 1998, setembro deste ano apresenta um recorde. São quase 7 mil focos de incêndios. Neste período do ano é comum a região enfrentar estiagem. Isso aumenta a possibilidade de incêndios. Porém, a proporção atingida pelas queimadas este ano demonstra que as mesmas têm uma contribuição humana intencional e criminosa.
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a
participação de pecuaristas do Mato Grosso do Sul pelo início dos incêndios. O
objetivo seria o de “limpar com fogo” o Pantanal e facilitar a formação de
pastagens para o gado. Esse crime ambiental é mais um dentre os tantos que
temos assistido nos últimos anos. Rompimento de barragens em Mariana e
Brumadinho, incêndios na Floresta Amazônica e no Pantanal, mineração ilegal em
áreas indígenas, dentre outros. Todos resultam da especialização regressiva que
reduz o eixo da acumulação à agromineração exportadora.
Um aspecto desse setor é a sua baixa densidade tecnológica.
Seus lucros advêm da superexploração do trabalho e da exploração extensiva.
Esta exige grandes extensões de terra. Por isso a agromineração investe contra
a preservação ambiental e ataca as reservas indígenas e quilombolas. Em 2019,
pesquisa da Oxfam mostra que 0,3% dos estabelecimentos agrícolas com mais de
2.500 hectares concentram 30,4% do total da área rural. E outros 0,6% entre 1
mil e 2.500 hectares concentra 14,6% das terras agricultáveis. Com a
concentração da terra vem a pobreza; a superexploração do trabalho e o recurso
ao trabalho análogo à escravidão; a devastação ambiental; a violência no campo
contra pequenos agricultores, indígenas e quilombolas.
Enquanto o agronegócio e a mineração devastam o país, a
agricultura familiar, feita em pequenas propriedades e baseada na policultura,
sofre com a falta de financiamento e de apoio. Mesmo assim produz mais de 80%
dos alimentos consumidos pelo povo trabalhador.
O papel da agromineração exportadora na acumulação de capital
é um dos alicerces da atual hegemonia conservadora no Brasil. No concerto
burguês montado pelo petismo, se ela foi fundamental para trazer os capitais
que mantinha aquecido o mercado interno, aumentou a dependência externa,
agravou a especialização regressiva e a fortaleceu politicamente. O governo
Bolsonaro é a expressão política-ideológica reacionária e proto-fascista dessa
hegemonia conservadora e desse setor econômico. Por isso em seu governo o
ministro Ricardo Salles quer uma legislação ambiental frouxa para deixar
“passar a boiada”. Assim como quer a mineração em terras indígenas e não toma
medidas contra os incêndios no Pantanal e na Floresta Amazônica.
Devemos exigir um plano de combate às queimadas. Mas a
preservação ambiental só será alcançada no âmbito de um projeto que derrote a
agromineração exportadora; que supere a especialização regressiva da economia;
que estatize as grandes propriedades monocultoras; que faça a reforma agrária;
que fortaleça com apoio técnico e financeiro a agricultura familiar; e que se
respeite os direitos das comunidades indígenas e quilombolas.
* Fora
Bolsonaro e seu governo genocida e de traição nacional
* Abaixo
todas as políticas antipovo e antinacionais
* Pelo socialismo
* Todo o
poder às massas trabalhadora
Brasil, 29 de Setembro de 2020
ALI PRIMERA E MÚSICA DE PROTESTO VENEZUELANA
Ali Primera é considerado a voz do povo Venezuelano. Sua
música foi nomeada Patrimônio Imaterial Venezuelano. Membro do Partido
Comunista Venezuelano, gravou e se apresentou em diversos países da Europa. Sua
música está enraizada nos ritmos tradicionais da Venezuela. Nascido em 1941,
morreu em um acidente não esclarecido em 1985. Aqui vai uma canção de conteúdo
anti-imperialista, gravada em 1972.
América Latina
Obrera
Ali Primera
El yankee teme
que tú te levantes
América Latina obrera
no sé ¿por qué no lo haces?
El yankee teme
a la revolución
el yankee teme
al grito ¡yankee go home!
yankee go home
Y viene remontando el Amazonas
el grito rebelde del carioca
y viene a unirse con su hermano
el obrero venezolano
América Latina obrera
América Latina obrera
América Latina
Levanta en tus manos la bandera
la Revolución
América Latina obrera
y grita con fuerza
yankee go home!
yankee go home!
yankee go home!
(recitado)
"gringo go home
los obreros de América latina
te dicen: gringo go home!
yankee go home"
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