O GRANDE ACORDO NACIONAL DE ASSALTO AO ESTADO SEGUE COM CONGRESSO, SUPREMO, FORÇAS ARMADAS, COM TUDO.
Na semana passada, o STF autorizou o governo Bolsonaro a vender refinarias da Petrobrás sem aprovação do Congresso. Na prática abre-se a possibilidade de privatizar as refinarias de Landulfo Alves (BA), Presidente Getúlio Vargas (PR), Abreu e Lima (PE), Alberto Pasqualini (RS), Gabriel Passos (MG), Isaac Sabbá (AM), Lubnor (CE) e Unidade de Industrialização de Xisto (PR). A autorização é mais um capítulo do projeto da classe dominante de assalto ao patrimônio do Estado brasileiro.
A decisão do STF revela como todas as “instituições” estão a
serviço do projeto ultraliberal de destruição do país. Desde o golpe de 2016 a
Presidência, o Congresso, a cúpula das Forças Armadas e o Judiciário aplicam a
política de ajuste ultraliberal. Um ajuste cujo objetivo fundamental é o de
aumentar a superexploração das massas trabalhadoras para garantir os
privilégios da classe dominante.
O STF acabou com a ultratividade das convenções coletivas e
decidiu que é lícita a terceirização inclusive da atividade-fim. O TST, na
greve dos Correios, retirou 50 dos 79 direitos conquistados pela categoria. A
Presidência e o Congresso operam juntos na política de ajuste e de desmonte. Em
2017, Rodrigo Maia, já presidente da Câmara dos Deputados, declarou que “A agenda da Câmara, em sintonia com a do
presidente Michel Temer, tem como foco o mercado, o setor privado”. Essa
agenda incluía a reforma da previdência e a reforma trabalhista. Esta, na
opinião de Maia, é necessária porque sem ela, “não haverá condições para o setor privado gerar empregos no país”.
E assim foi feito: a Presidência da República encaminhou e o Congresso aprovou
a ambas. E, agora, negociam a reforma tributária e a reforma administrativa.
Todo esse ajuste é feito, como temos visto, em nome da
geração de empregos, da retomada do crescimento, da atração de investimentos e
do fim dos privilégios. Essa é uma prática comum na política burguesa. As
políticas de ajuste sempre são apresentadas como de interesse geral. Dizem que
as reformas precisam ser feitas para combater privilégios. Mas tudo não passa
de pura manipulação do justo sentimento de ira popular contra os privilégios,
as desigualdades, as injustiças e a exploração, com o objetivo de se manterem
os privilégios da classe dominante e de setores da burocracia de Estado. Foi
assim na reforma da previdência, em que não se mexeu nas aposentadorias e
pensões dos militares de alta patente. E poderá ser assim também na reforma
administrativa, que manterá os privilégios da alta burocracia do Estado,
enquanto atacará o funcionalismo ligado aos serviços públicos de maior
interesse do povo como educação e saúde.
Essa situação serve de importante aprendizado às massas
trabalhadoras. Em nossa luta contra a exploração burguesa precisamos aprender a
contar exclusivamente como nossa força, consciência e auto-organização. Não
podemos confiar que algum “poder da República” venha nos redimir. O ajuste
ultraliberal em curso mostra claramente que os aparelhos de Estado estão a
serviço da reprodução da ordem burguesa, que no Brasil se caracteriza pela
superexploração do povo combinado à permanência dos privilégios da classe
dominante, que é o de nos explorar ilimitadamente. Só a luta popular organizada
poderá nos livrar da exploração, da miséria e derrotar o ajuste ultraliberal.
* Fora
Bolsonaro e seu governo genocida e de traição nacional
* Abaixo
todas as políticas antipovo e antinacionais
* Pelo socialismo
*Todo o
poder às massas trabalhadora
Brasil, 06 de Outubro de 2020
VIVA QUINO, O CRIADOR DE MAFALDA
No dia 30 último, morreu Joaquín Salvador Tarrado Tejon, o
criador de Mafalda, conhecido mundialmente como Quino. Nascido em 1932, Quino
publicou seus primeiros quadrinhos em 1954 na imprensa de Buenos Aires. Em
1963, surge Mafalda, o personagem que consagraria o cartunista. Concebida
inicialmente para uma campanha publicitária, Mafalda ganhou o mundo como a
menina questionadora da política, da vida cotidiana e de diversos temas
filosóficos e científicos. As tiras de Mafalda foram publicadas regularmente
entre 1964 e 1973. Mafalda foi publicada em mais de 30 línguas. O próprio
cartunista interrompeu a publicação de novas histórias de Mafalda, depois de 1.928
tiras publicadas. Quino era avesso à fama e não gostava da exploração comercial
de seu personagem mais famoso. Mafalda representa a infância crítica em relação
à irracionalidade da vida adulta. Quino, através de sua criação, verbalizou a
insatisfação com a sociedade de consumo e com a organização política do
capitalismo.
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