A BOIADA CONTINUA A PASSAR. DIA 29 DE MAIO PODEMOS COMEÇAR A VIRAR ESSE JOGO.

 O Brasil superou a marca de 450 mil mortos pela covid. A CPI no Senado revela a cada depoimento que a responsabilidade principal por esse verdadeiro genocídio é do governo Bolsonaro. Evidencia-se que o governo do capitão, seguindo rigorosamente a lógica do programa ultraliberal, em que o Estado se descompromete completamente com a vida e a saúde da população, optou por deixar o vírus se espalhar e, assim, criar o que se chama de imunidade de rebanho. Tudo para não deixar a economia parar de funcionar, ou seja, manter a acumulação do capital a pleno vapor, e assim não precisar comprar vacina para imunizar o povo. O governo sabia dos riscos de que essa estratégia causaria verdadeira matança. Porém, como a maioria dos que morrem é gente da classe trabalhadora, o governo pouco se importa com a propagação do vírus. O caos produzido pelo governo do capitão, com essa estratégia genocida, fortalece o violento processo de regressão social em curso. Cresce a fome, o desemprego, a precarização, o desalento. Tudo isso não é mero efeito colateral, mas um objetivo conscientemente buscado. O que assistimos no Brasil, desde o golpe de 2016, com todas as reformas regressivas que tornaram a vida do povo um pandemônio, visa criar um cenário de desmobilização e disciplinamento das massas trabalhadoras para nos subordinar política e ideologicamente. A pandemia reforçou o projeto da grande burguesia brasileira de aumentar a superexploração do povo e facilitar o assalto ao patrimônio nacional e do Estado via privatizações e concessões. O governo do capitão, portanto, aplica rigorosamente e sem mediações a agenda do capital. As discordâncias de facções da burguesia brasileira com Bolsonaro dizem respeito a intensidade do ajuste e quem será mais favorecido. O acirramento dessas divergências leva facções do capital a se posicionarem contra o governo do capitão. Criticam o descontrole da pandemia e a estratégia do governo de criar a imunidade de rebanho. Mas apóiam as privatizações. E enquanto as atenções se voltam aos trabalhos da CPI no Senado, no Congresso a boiada ultraliberal continua a passar. Apoiada pelo Centrão, a privatização da Eletrobrás caminha rapidamente. Estamos prestes a assistir a entrega de todo o setor energético e o regime de águas do país ao capital privado nacional associado ao internacional. O capital também cobra que a reforma administrativa tenha seu processo regimental acelerado. No STF, projeto que dispensa os sindicatos das negociações em caso de demissão coletiva já conta com voto favorável de 3 ministros. Em suma, a pandemia tem sido usada pelo capital para aprofundar o processo de regressão social. A autocracia burguesa atinge níveis exacerbados. A única saída que resta às massas trabalhadoras é a luta e a organização autônoma. Dar um basta ao governo genocida do capitão e exigir seu impeachment é urgente. Porém, conquistado esse objetivo mais imediato, o passo seguinte é barrar o projeto de destruição do país pelo capital. Desse modo, o dia nacional de luta pelo Fora Bolsonaro, em 29 de maio, pode ser um momento importante de virada na conjuntura. É ocupar as ruas para afastar esse presidente genocida e toda a sua camarilha. E impedir que a pandemia continue a adoecer e matar nosso povo. 


 • POR VACINA, COMIDA E EMPREGO! 

 • FORA BOLSONARO E SEU GOVERNO GENOCIDA DE TRAIÇÃO NACIONAL! 

 • ABAIXO O ULTRALIBERALISMO! 

 • PELO SOCIALISMO! 

 • TODO O PODER ÀS MASSAS TRABALHADORAS!


25 de maio de 2021



SEÇÃO CULTURAL


 O RAP COMPROMETIDO DO GRUPO CALLE 13 

 Calle 13 é um grupo de rap e música urbana de Porto Rico. O rap do Calle 13 dialoga com os ritmos caribenhos, com letras politizadas e com forte conteúdo social. Ganhadores de 19 Grammys Latinos e de dois Grammys, a banda é constituída por René Pérez, o Residente, Eduardo Cabra, o Visitante e Ileana Cobra Joglar. Sua música tem sido tocada em várias manifestações pelo continente, como nas atuais jornadas de luta da Colômbia. 


Latinoamérica 


 Soy, soy lo que dejaron

 Soy toda la sobra de lo que se robaron

 Un pueblo escondido en la cima 

 Mi piel es de cuero, por eso aguanta

 cualquier clima

 Soy una fábrica de humo 

 Mano de obra campesina para tu consumo 

 Frente de frío en el medio del verano 

 El amor en los tiempos del cólera, ¡mi 

 hermano! 

 Soy el Sol que nace y el día que muere 

 Con los mejores atardeceres 

 Soy el desarrollo en carne viva 

 Un discurso político sin saliva 

 Las caras más bonitas que he conocido 

 Soy la fotografía de un desaparecido 

 La sangre dentro de tus venas 

 Soy un pedazo de tierra que vale la pena 

 Una canasta con frijoles 

 Soy Maradona contra Inglaterra, 

 anotándote dos goles 

 Soy lo que sostiene mi bandera 

 La espina dorsal del planeta es mi cordillera 

 Soy lo que me enseñó mi padre 

 El que no quiere a su patría, no quiere a su 

 madre 

 Soy América Latina 

 Un pueblo sin piernas, pero que camina, 

 ¡oye! 

 Tú no puedes comprar el viento 

 Tú no puedes comprar el Sol 

 Tú no puedes comprar la lluvia 

 Tú no puedes comprar el calor 

 Tú no puedes comprar las nubes 

 Tú no puedes comprar los colores 

 Tú no puedes comprar mi alegría 

 Tú no puedes comprar mis dolores 

 Tú no puedes comprar el viento 

 Tú no puedes comprar el Sol 

 Tú no puedes comprar la lluvia 

 Tú no puedes comprar el calor 

 Tú no puedes comprar las nubes 

 Tú no puedes comprar los colores 

 Tú no puedes comprar mi alegría 

 Tú no puedes comprar mis dolores 

 Tengo los lagos, tengo los ríos 

 Tengo mis dientes pa' cuando me sonrío

 La nieve que maquilla mis montañas 

 Tengo el Sol que me seca y la lluvia que me

 baña

 Un desierto embriagado con peyote 

 Un trago de pulque para cantar con los

 coyotes 

Todo lo que necesito  

Comentários

Postagens mais visitadas