CONSTRUIR AMPLA MOBILIZAÇÃO DE MASSA E UTILIZAR TODAS AS FORMAS DE LUTA PARA DETER O GOVERNO GENOCIDA DE BOLSONARO
Os últimos dias no Brasil foram marcados por tragédias. A pandemia, depois de algum arrefecimento, dá sinais de terceira onda. Pessoas queridas dos brasileiros são vitimadas pela Covid, como o ator Paulo Gustavo. Um rapaz influenciado pela extrema direita assassina três bebês e duas professoras em uma pequena cidade de Santa Catarina. E para culminar, a polícia civil promove um massacre na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. O derretimento das chamadas instituições prossegue. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em uma canetada monocrática, revoga decisão da Assembleia Legislativa estadual de proibir a venda da Cedae. Cedae privatizada com fanfarras, com direito à presença de Bolsonaro e Paulo Guedes na Bolsa de São Paulo. Não por acaso, o BTG, associado ao Fundo de Pensão do Canadá, arrematou naco importante da empresa. O Estado de São Paulo traz matéria do conluio entre o governo federal e os presidentes da Câmara e do Senado para fraudar o orçamento e beneficiar “base aliada” de deputados e senadores. Motivos para o impeachment não faltam, mas o chamado Centrão se lambuza na corrupção e na ausência de controle social. Consumando a tragédia nacional, os números da economia são cada vez piores. A política de Guedes tem como “entregas” o desemprego, a estagnação, a desindustrialização, a carestia. O fracasso do modelo econômico do financismo é evidente, mas persiste, pois que beneficia boa parte das classes dominantes. Sem nenhuma disposição de largar o osso e temendo a derrota eleitoral, Bolsonaro se escuda na radicalização verbal e na mobilização do núcleo duro da sua base. Em certas ocasiões, ultrapassa a verborragia, como no caso do Jacarezinho. Ataca a única instituição que esboça, por parte de alguns de seus membros, resistência aos arreganhos bolsonaristas. Mas presa de suas contradições, o STF, ao mesmo tempo que reage aos ataques antidemocráticos, deixa passar a boiada neoliberal, como nas questões das privatizações e terceirizações. As chamadas instituições, bem como os setores dominantes da economia e da política, ou aderiram ao bolsonarismo, ou estão acovardadas, ou querem prolongar o saque na sobrevida do bolsonarismo. Os trabalhadores não podemos contar com as instituições para nos defender. É preciso organizar e preparar as lutas de massa, dentro das condições quea pandemia nos impõe. O aprofundamento da crise, nas suas dimensões econômica, social, política e cultural, trará um aumento da violência e da ação miliciana e policial e um subsequente cerceamento das franquias democráticas. Essa dinâmica extrapola as fronteiras do bolsonarismo, pois é uma violência de classe. À radicalização do bolsonarismo e dos setores que dele se beneficiam, os setores populares devemos responder com a mais ampla mobilização, sem nos furtarmos de utilizar qualquer forma de luta.
• POR VACINA, COMIDA E EMPREGO!
• FORA BOLSONARO E SEU GOVERNO GENOCIDA DE TRAIÇÃO NACIONAL!
• ABAIXO O ULTRALIBERALISMO!
• PELO SOCIALISMO!
• TODO O PODER ÀS MASSAS TRABALHADORAS!
11 de maio de 2021
SEÇÃO CULTURAL
CAMILO TORRES, O PADRE GUERRILHEIRO, É CANTADO POR VICTOR JARA
O povo colombiano está em luta contra versão uribista do fascismo e contra o neoliberalismo. Em homenagem ao povo colombiano, segue canção de Victor Jara Camilo Torres, o padre guerrilheiro. Camilo Torres foi um precursor da Teologia da Libertação, em que buscou fundir o cristianismo com o marxismo. Para Camilo, o cristianismo não podia se resumir à caridade, mas precisava estar vinculado às lutas do povo por sua libertação da exploração e das injustiças sociais. Seu profundo compromisso com as transformações sociais o levou a aderir à luta guerrilheira promovida pelo Exército de Liberação Nacional (ELN). Veio a morrer em combate em 15/02/1966
Camilo Torres
Victor Jara
Donde cayó Camilo
nació una cruz,
pero no de madera
sino de luz.
Lo mataron cuando iba
por su fusil,
Camilo Torres muere
paravivir.
Cuentan que trasla bala
se oyó una voz.
Era Dios que gritaba:
¡Revolución!
A revisar la sotana,
mi general,
que en la guerrilla cabe
un sacristán.
Lo clavaron con balas
en una cruz,
lo llamaron bandido
como a Jesús.
Y cuando ellos bajaron
por su fusil,
se encontraron que el pueblo
tiene cien mil.
Cien mil Camilos prontos
acombatir,
Camilo Torres muere
para vivir.
https://www.youtube.com/watch?v=HXIdK HrlnKc
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