DERROTAR NAS RUAS O NEGACIONISMO ULTRALIBERAL DO GOVERNO DO CAPITÃO E DO CAPITAL
A CPI da Covid, no Senado, tem mostrado que o governo do capitão operou conscientemente para deixar o vírus se alastrar. Rejeitou seis ofertas de vacinas e tentou mudar a bula da cloroquina para oferecê-la como tratamento. Tem ficado patente nos depoimentos à CPI o negacionismo genocida do governo de Bolsonaro. Negacionismo movido por uma concepção ultraliberal, para quem o Estado deve se desincumbir de qualquer medida de proteção à saúde e à vida da população. Por isso, ao invés de gastar dinheiro público com a compra de vacinas, o governo do capitão defendeu a imunidade de rebanho, optou por defender que a população comprasse, com dinheiro do próprio bolso, remédios e tratamentos sem eficácia. Quem ganha com esse negacionismo ultraliberal é o capital. Os capitalistas donos das empresas farmacêuticas que produzem a cloroquina no Brasil, como a EMS, são apoiadores de Bolsonaro. Renato Spallici, dono de um laboratório que produz cloroquina, é um apoiador entusiasta do presidente. A propaganda feita por Bolsonaro sobre o uso da cloroquina fez o consumo do “kit Covid’ crescer 550% em 2020, movimentando mais de 500 milhões de reais. O governo do capitão é, sem nenhum tipo de mediação ou consideração humanitária, um governo do capital. O importante é não deixar a economia parar e manter em taxas cada vez mais crescentes a acumulação privada do capital. Por isso Bolsonaro se coloca contra medidas de distanciamento e o lockdown. E vocifera blefes de que vai baixar decretos proibindo o fechamento da economia. Quem perde com o negacionismo ultraliberal são as massas trabalhadoras. De acordo com o Dieese, o desligamento por morte de trabalhadores celetistas cresceu 71,6% entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021. Para os trabalhadores da saúde, equipe de enfermagem e médicos, o crescimento foi de 78,3%. No setor de transporte, armazenagem e correios o crescimento foi de 95,2%. No setor da educação foi de 106,7%. Quem ganha com essa matança causada pela pandemia e pelo negacionismo ultraliberal do capitão é o capital. O resultado é que essa política genocida garantiu uma acumulação extraordinária de capital nas mãos dos ricaços. De 2020 para 2021, o número de bilionários brasileiros subiu de 53 para 65. E sua fortuna cresceu de 127,8 bilhões para 240 bilhões de dólares. Bolsonaro faz um governo genocida e negacionista para garantir que a superexploração do povo aumente e, com isso, a acumulação de capital atinja níveis elevadíssimos. Por isso as diferentes facções burguesas não chegam a um acordo quanto ao destino do governo do capitão, qual seja, se apoiam seu impeachment ou o deixam terminar o mandato. É um governo que contraditoriamente “passa a boiada” e deixa os capitalistas ganharem muito dinheiro com a completa desregulamentação econômica, mas cujo negacionismo ultraliberal, ao não prover vacinação para todos, dificulta uma retomada geral do crescimento econômico. Isso prova que um dos fatores de desacordo entre as facções burguesas acerca do governo Bolsonaro é sobre a intensidade do ajuste ultraliberal. Para as massas trabalhadoras não resta alternativa, se não quiser morrer de fome ou pela pandemia, organizar-se e ir à luta. Anuncia-se para 29 de maio mobilizações contra o governo. A CPI da Covid pode avançar nas provas de que o negacionismo ultraliberal de Bolsonaro é, efetivamente, o principal responsável pelos quase 450 mil mortos até agora. Mas vai depender do movimento de massa fazer a CPI avançar para um pedido de impeachment. O governo do capitão e do capital precisa ser parado. Outros povos da América Latina estão se colocando em movimento, mesmo diante da pandemia. Cabe-nos, aqui no Brasil, seguir esse exemplo.
• POR VACINA, COMIDA E EMPREGO!
• FORA BOLSONARO E SEU GOVERNO GENOCIDA DE TRAIÇÃO NACIONAL!
• OCUPAR AS RUAS PARA DERROTAR O GOVERNO DO CAPITÃO E DO CAPITAL!
• ABAIXO O ULTRALIBERALISMO!
• PELO SOCIALISMO!
• TODO O PODER ÀS MASSAS TRABALHADORAS!
19 de maio de 2021
SEÇÃO CULTURAL
O povo chileno vem, desde 2019, colocando-se em movimento para derrotar o legado nefasto da ditadura de Pinochet, para quem o ministro da economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, trabalhou como assessor econômico. No último final de semana os chilenos impuseram acachapante derrota à direita do país, ao elegerem uma grande bancada de deputados que terão de escrever uma nova constituição que elimine definitivamente o legado pinochetista. Em homenagem aos chilenos, homenageamos aqui o Inti-illimani, que junto ao Quilpayun, foi o grupo mais importante do movimento Nueva Canción Chilena. Chile Resistência é um disco gravado em 1977, no exílio durante a ditadura pinochetista. Aqui apresentamos a canção título desse importante álbum, Chile resistência.
Chile resistencia
Con paso rápido
Camina la unidad
De los unidos ya
Por la miseria,
Los que la represión
Golpea por igual
Unieron la unidad
La resistencia.
Las horas del dolor
No son eternas.
Escucha:
Ya se oyen,
Ya vienen,
Ya cantan,
Obreros
Son miles,
Mujeres,
Son miles
Resisten,
Avanzan
Por Chile
Por:
Chile, Chile, Chile
Nos liberaremos,
Vamos a triunfar
Lucha junto a mí
Patria de unidad
Vamos a forjar.
Día tras día: venceremos,
Nos liberaremos.
Al fascismo cruel, vamos a aplastar
Forjaremos…
https://www.youtube.com/watch?v=- xhVZCAKZKY
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