MANTER A MOBILIZAÇÃO NAS RUAS ATÉ DERROTAR O FASCISMO DO CAPITÃO E O ULTRALIBERALISMO DO CAPITAL
As manifestações de 19 de junho representaram mais uma importante vitória das forças populares. Milhares de trabalhadores e jovens mais uma vez ocuparam as ruas para exigir o Fora Bolsonaro. Essa jornada de protesto foi simbólica, porque aconteceu justamente no dia em que o Brasil ultrapassou a marca de mais de 500 mil mortos pela Covid. E a responsabilidade principal por esse morticínio é do governo do capitão e do capital. Sob a capa ideológica do negacionismo anticientífico, que recusou a vacinação em massa como estratégia mais eficaz de combater a pandemia para apostar em remédios sem eficácia, ocultou-se o interesse de donos de laboratórios farmacêuticos que produzem cloroquina e que são bolsonaristas de primeira hora. Bolsonaro se encontra acossado por muitos lados. Pelas manifestações populares que crescem, por facções burguesas opositoras que querem sua saída e pelas revelações da CPI da Covid. Aumenta a erosão de sua base social de apoio, que se revela em manifestações cada vez mais minguadas. Mas não podemos nos iludir de que seu governo já esteja na lona. Ele ainda tem reservas de sustentação que podem ser utilizadas, como as forças armadas e mesmo facções do capital, que mantém o apoio ao governo do capitão por causa de sua agenda econômica ultraliberal. Lutando para se sustentar no cargo, não podemos descartar também que Bolsonaro passe a mobilizar setores civis armados, bem como agentes provocadores, além de querer insuflar a desobediência das polícias militares contra os governadores, para atacarem as manifestações e os setores mais organizados da classe trabalhadora. Deve-se aumentar a vigilância e os cuidados com a segurança dos militantes e das manifestações. A continuidade das mobilizações é de suma importância. Não podemos confiar que o impeachment virá pelas instituições. A derrota do governo do capitão se fará na rua. E seu impeachment é parte fundamental de um processo de luta mais amplo, que é a derrota do programa econômico ultraliberal do capital. Aqui não cabem ilusões. Existem facções da burguesia que já se decidiram pelo Fora Bolsonaro e que tem nos grandes meios de comunicação um porta-voz dessa posição (Globo, Folha de São Paulo e Estadão). Porém, querem a manutenção do programa ultraliberal. Exemplo é que senadores que na CPI da Covid tem batido muito em Bolsonaro, como Kátia Abreu e Omar Aziz, votaram pela privatização da Eletrobrás. Por isso é preciso aproveitar a energia social que as manifestações destamparam e construir um movimento de luta mais amplo, que derrote Bolsonaro, construa com urgência uma política sanitária de combate à pandemia que pare o genocídio do nosso povo, mas que avance para um processo de luta que derrote o programa ultraliberal que destrói o país. Nesse sentido, as manifestações têm de assumir um caráter amplo e democrático, mas sem abrir mão de suas bandeiras classistas.
• POR VACINA, COMIDA E EMPREGO!
• FORA BOLSONARO E SEU GOVERNO GENOCIDA DE TRAIÇÃO NACIONAL!
• PELO SOCIALISMO!
• TODO O PODER ÀS MASSAS TRABALHADORAS!
22 de junho de 2021
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